
Edifícios Inteligentes - conceitos fundamentais e seus subsistemas
Nas publicações relacionadas com edifícios inteligentes verifica-se a existência de diversos termos que em princípio possuem significados similares como: automação predial, building automation, smart buildings e domótica; este último relacionado inicialmente com as moradias e sistemas residenciais integrados e automatizados. Todos estes termos estão associados com a construção dos ambientes físicos para uso do ser humano, dentro de uma abordagem de sistema integrado e com características de inteligência.
O Intelligent Building Institute (IBI) dos Estados Unidos define um edifício inteligente como aquele que fornece um ambiente produtivo com eficácia de custo através da otimização de uso de quatro elementos básicos: estruturas, sistemas, serviços e gerenciamento, incluindo os inter-relacionamentos entre eles. O European Intelligent Building Group (EIBG) define um edifício inteligente como um meio ambiente que maximiza a produtividade dos ocupantes do edifício, enquanto disponibiliza gerenciamento eficiente dos recursos com eficácia de custos. Ou seja, a definição do IBI é mais focada no uso da tecnologia e do EIBG nas exigências dos usuários (WONG et al., 2004).
Diante da necessidade de definir EI de forma mais precisa e detalhada, SO et al., (2001) e CHOW (2004) sugeriram o Quality Environment Modules (QEMs) baseado em dez módulos que definem características para estruturar e compreender o que é edifício inteligente.
Os módulos (m1 a m6) são relacionados com a qualidade do ambiente, exigências funcionais e de segurança; os módulos (m7 a m9) são relacionados com exigências culturais, de utilização do espaço e de tecnologia e o módulo (m10) considera aspectos de saúde. Assim, tem-se:
·m1: ambiente amigável para conservação da saúde e de energia;
·m2: utilização e flexibilidade do espaço;
·m3: eficácia de custo de operação e manutenção com ênfase na eficácia;
·m4: conforto humano;m5: eficiência no trabalho;
·m6: medidas de segurança de funcionamento e de segurança ao fogo, terremotos, desastres e danos estruturais;
·m7: imagem de cultura;
·m8: imagem de tecnologia elevada;
·m9: processo e estrutura de construção; e
·m10: terapêutico e sanitário.
Assim, SO et al. (2001) definem edifício inteligente como aquele que foi projetado e construído baseado numa seleção apropriada de QEMs para satisfazer as necessidades dos usuários pela escolha adequada das facilidades que devem ser fornecidas pelo edifício com custo-benefício de longo prazo. Segundo WONG et al. (2004) esta definição permite um projeto de alta qualidade, e fornece uma base para avaliar o edifício inteligente.
Segundo ARKIN E PACIUK (1995), BOYD (1994), FLAX (1991) e GOMES (1998), um edifício inteligente é composto por vários subsistemas como, por exemplo:
·subsistema de transporte/ movimentação;
·subsistema de segurança patrimonial, pessoal e controle de acesso;
·subsistema de controle de energia/ iluminação;
·subsistema de combate e prevenção ao fogo;
·subsistema de aquecimento, ventilação e ar condicionado (HVAC);
·subsistema de controle de tráfego de voz e dados; e
·subsistema de controle da malha de transmissão de sinais de controle.
Autor: Prof. Robson Marinho, www.cursoengenharia.com
Referências Bibliográficas